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23/07/20 às 18h16 - Atualizado em 23/07/20 às 18h16

Evolução de mudas plantadas na Arie do Bosque mostra sucesso de projeto de Recuperação na Orla do Lago Paranoá

 

 

A Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) do Bosque, na QL 10 do Lago Sul, onde foram plantadas cerca de 1,7 mil mudas de espécies nativas do Cerrado em uma área de 4,5 hectares, foi visitada nesta quinta-feira (23/07) pelo secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho. A ação faz parte do Projeto Recuperação de Danos na Orla do Lago Paranoá, que prevê um total de 65 hectares recuperados, em 22 trechos, até o final da próxima estação chuvosa.

 

“Estamos passando por uma seca. Para a minha alegria estou vendo que a grande maioria das espécies está se mantendo e apresentando um bom índice de crescimento.  Segundo os técnicos, já temos uma noção sobre quais são as mais resistentes ao período seco e devem receber mais ênfase”, afirmou o secretário.

 

Para ele, é importante fazer o acompanhamento do plantio para aprender com o clima de Brasília. “Outro destaque é percebermos que não está havendo grande depredação do local, o que garante o sucesso da iniciativa”, afirmou o secretário.

 

O Projeto Orla vai recuperar áreas ao longo das Áreas de Preservação Permanente (APPs) da orla do Lago Sul do Paranoá, com ações nos 30 metros às margens do espelho d’água do Lago Sul. Na ação serão investidos R$ 2 milhões, provenientes do Fundo Único do Meio Ambiente (Funam). Os valores se referem aos pagamentos de acórdãos judiciais e termos de ajustamento de conduta dos moradores responsáveis pelas ocupações irregulares envolvidos em uma ação civil pública.

 

 

O Diagnóstico Ambiental que subsidia o projeto identificou 321,83 hectares passíveis de recuperação na orla, incluindo áreas de proteção permanente, unidades de conservação e áreas públicas.

O trabalho foi iniciado pelo Lago Sul, que tem cinco áreas em estudo e o braço do Riacho Fundo.

 

Outros destaques são as encostas do Paranoá, Arie Riacho Fundo (trecho no Park Way, aeroporto e QL 1), Parque Ecológico Ermida Dom Bosco, Parque Ecológico Península Sul, Parque Ecológico das Copaíbas, Parque Ecológico Garça Branca, Ponte das Garças e Mosteiro da Ermida Dom Bosco, além da quadras do lago (QLs) 6, 8, 16, 18, 22, 26 e 28.

 

Corredores ecológicos

O objetivo do projeto é contribuir para a manutenção das paisagens e das múltiplas funções ecológicas da orla do Lago, . A orla do lago tem um contorno total de 102,31 Km, sendo 50,31 deles no Lago Sul e 52 no Lago Norte.

 

O trabalho, realizado pelo Instituto Rede Terra, inclui contenção de processos erosivos, a revegetação e revitalização de corredores ecológicos, além der tratamento contra formigas e correção de solo antes do plantio, uso de contentores para limitar o acesso de veículos, cercamento e tutoria de mudas.

 

O coordenador-geral do projeto, Miguel Marinho, da Rede Terra,  explica que a visita buscou avaliar a adaptação das mudas ao plantio. “Algumas se adaptaram melhor, como como é o caso das gameleiras e dos ipês.  A gente está aplicando um protocolo de monitoramento para ver os índices de sucesso de pega de muda e a partir disso criar protocolos de manutenção das espécies”, diz.

 

A subsecretaria de Assuntos Estratégicos da Sema, Márcia Fernandes Coura, disse que a visita mostra resultados bastante satisfatórios. “Uma situação é fazer o plantio. Outra é perceber como as mudas estão se adaptando e como o público está percebendo e respeitando uma área sob recuperação ambiental. Isso que é o mais importante agora”, afirma.

 

Ela destaca que o plantio na Arie do Bosque está servindo como um projeto-piloto para a recuperação das outras áreas previstas. As demais áreas   terão preparação do solo e plantio a partir do início das chuvas”, completa.

 

Assessoria de Comunicação
Secretaria do Meio Ambiente