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30/09/19 às 17h32 - Atualizado em 30/09/19 às 17h32

Seminário Águas do DF discute gestão de recursos hídricos

 

 

O secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, destacou o papel da ciência e tecnologia para a gestão de recursos hídricos no Distrito Federal ao participar da abertura do Seminário Águas do DF. O evento ocorreu no Auditório do Centro de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB), na tarde desta segunda-feira (30/09). A promoção foi da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF) em parceria com a Sema, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), Brasília Ambiental, Emater, Caesb, Emater-DF, Adasa, Jardins Botânico e Zoológico de Brasília.

 

O objetivo foi dar oportunidade para os órgãos do GDF apresentarem suas demandas de investimento em pesquisas como tema água no DF.

 

“Diante da imensa relevância e urgência de prover a universalização do acesso à água e ao saneamento, é necessário o desenvolvimento de pesquisas voltadas para as questões relacionadas à segurança hídrica, não apenas no seu aspecto legal, mas também social e ecológico”, afirmou.

 

Para o diretor presidente da FAP, Alexandre André dos Santos, a realização do seminário representa um momento importante para os órgãos e estruturas do GDF que atuam com água pois reforça o compromisso do governo com a questão.  A presidente da Emater, Denise Fonseca, acredita que o diálogo promovido pelo evento, contribui com estratégias de fomento e convergência de ações para que a gestão dos recursos hídricos no DF alcance bons resultados.

 

Sarney Filho explicou que no DF, onde o foco no consumo urbano é extremamente importante, o trabalho é realizado a partir da sinergia entre as diferentes áreas. “Nossa visão da água é sistêmica e abrangente, não se limita ao que acontece entre o reservatório e a torneira”.

 

Segundo ele, é fundamental promover a recuperação da vegetação degradada, tanto nas formações florestais quanto no Cerrado, em áreas de recarga de água, observando as relações entre o uso sustentável do solo, conservação da vegetação nativa e produção hídrica. “Temos, assim, como prioridade no DF, a plantação de matas ciliares, a proteção das nascentes e a consequente revitalização das bacias hidrográficas”.

 

PAPEL ESTRATÉGICO

 

De acordo com Sarney Filho, o papel do Estado é estratégico também na elaboração de diretrizes para que as políticas públicas incentivem econômica e ambientalmente o aproveitamento das águas pluviais e o reuso das águas cinza. “A promoção de uma cultura de aproveitamento, reuso e combate à perda é objetivo central para estabelecer o uso racional da água potável em centros urbanos”.

 

Experiências internacionais, afirmou, demonstram que a implantação de sistemas de aproveitamento de água pluvial e de reuso de águas cinza em atividades que não exigem potabilidade promove reduções significativas no consumo de água potável em edificações. “Eles atuam como ferramentas de gestão no controle da demanda hídrica urbana e, por conseguinte, reduzem a captação nos mananciais de abastecimento”.

 

O secretário pediu atenção ao fato de o mundo estar inserido em uma crise ambiental global. “Mas é agindo localmente que construímos soluções de resiliência para o bem comum”, finalizou.