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Evento mundial foi debatido na quarta reunião do comitê criativo por ambientalistas que estão participando da organização
(Brasília, 13/6/2017) – A Virada do Cerrado de 2017 será um evento preparatório para o Fórum Mundial da Água de 2018, que acontecerá em Brasília. O evento mundial foi o tema debatido na quarta reunião do comitê criativo que aconteceu na manhã desta terça-feira (13) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. “É importante que as pessoas tomem conhecimento do que vai acontecer no fórum para que a Virada possa ser um bom evento preparatório”, comentou a subsecretária de Educação e Mobilização Socioambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF), Gabriela Barbosa Batista.
O superintendente de Implementação de Programas e Projetos da Agência Nacional de Águas (ANA) e diretor executivo do fórum, Ricardo Andrade, e a coordenadora de Capacitação da ANA, Taciana Leme, falaram sobre o processo cidadão do evento, que faz parte de uma das comissões de organização juntamente com os processos temático, político e regional.
O processo cidadão está dividido em três etapas: antes, durante e depois.
Antes: mobilização, formação e engajamento (mapeamento e interlocução, consulta pública, pré-fórum)
Durante: várias formas de participação (juventudes, mulheres, indígenas, educadores, ONGs)
Depois: legado (soluções baseadas em processos naturais)
A etapa do antes tem estimulado a participação dos cidadãos para elaborar os debates do encontro. A consulta pública Sua Voz é uma ferramenta on-line inédita, que irá atrair cerca de 30 mil representantes de mais de 100 países para a capital federal.
O interessado pode optar por seis temas: clima, desenvolvimento, ecossistemas, finanças, pessoas e urbano. Não há necessidade de nenhum título ou conhecimento específico na área para participar. Os questionamentos e soluções, que podem ser feitos em até 90 idiomas dentre os mais falados no mundo, serão moderados, e os mais relevantes e recorrentes integrarão os debates do fórum.
Ricardo Andrade ressalta que o evento é uma oportunidade para a população discutir o uso e gestão da água com políticos, empresas e especialistas no tema. “O fórum tem a importância de debater temas do dia a dia, como a dicotomia vivida pelo Brasil com excesso de água em alguns lugares e a falta em outros. Será uma oportunidade para trazer essas discussões à mesa”, conta. “E essa é a grande nuance: não é um evento científico. Não terá somente cientistas, pesquisadores e acadêmicos”, completa Andrade.
Fórum Alternativo
O presidente da Alternativa Terrazul, Pedro Ivo Batista, falou sobre o Fórum Alternativo Mundial da Água, que será realizado simultaneamente ao evento principal. O tema será Água é direito, não mercadoria e será organizado por movimentos sociais, sindicais e ambientais. O objetivo do grupo é dialogar com o evento oficial, mas sob outra perspectiva.
O local para sediar o fórum alternativo ainda não está definido. “Queremos debater a temática em uma abordagem da água como direito fundamental e para todos, fora da esfera privada”, reforçou Batista.
O governo de Brasília apoiará o evento. “Temos todo interesse em garantir que essa temática seja abordada de forma diversa e em todos os setores da sociedade”, disse o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, em uma reunião com o grupo na última sexta-feira (9).
Formado por cerca de 50 entidades, o fórum alternativo reúne sindicatos, movimentos populares, ambientalistas, universidades e igrejas. O comitê do movimento, lançado na semana passada, foi apresentado em uma reunião na Universidade de Brasília (UnB).
Mais informações:
E-mail: comunicacaosema@gmail.com
Telefone: (61) 3214 – 5611
Com informações da Agência Brasília, do Fórum Mundial da Água e do Portal Brasil.
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Da esquerda para direita: Pedro Ivo Batista, Ricardo Andrade e Taciana Leme. Foto: Murilo Lins/Sema-DF.