“Cá entre nós” no restaurante comunitário de Recanto das Emas.
Nesta quarta-feira, (11/09), Dia Nacional do Cerrado, os titulares das Secretarias de Meio Ambiente (Sema), Sarney Filho, e de Desenvolvimento Social (Sedes), Ricardo Guterres, desfrutaram de cardápio especial, com ingredientes típicos do bioma, como o tamarindo, oferecido no almoço do Restaurante Comunitário (RC) do Recanto das Emas. O administrador da Região Administrativa, Carlos Dalvan, também participou. A atividade faz parte da Semana do Cerrado, coordenada pela Sema. O evento será encerrado no sábado (14/09), em três lugares simultaneamente.
O restaurante recebeu ainda exposição de frutas, produtos da biodiversidade e cartazes com espécies da flora cerratense. Sucos com os sabores locais foram servidos para degustação do público. Sarney Filho explicou que a iniciativa teve o objetivo de aproximar a população, do bioma. “Eu tenho dito muito que é preciso conhecer para preservar. Então, viemos aqui demonstrar, discutir, para que, mais informadas, as pessoas possam colaborar e fazer sua parte. Assim, o Cerrado vai poder continuar prestando os serviços ambientais à sociedade”, disse.
Ricardo Guterres chamou a atenção para o trabalho em conjunto entre as duas pastas. “A aproximação entre as secretarias é do interesse do governador Ibaneis Rocha. “Sedes e Sema ainda vão trabalhar muito juntas. A população só tem a ganhar com isso”, disse. Ele antecipou que a gestão de resíduos, que contribui para a preservação do cerrado, será foco da parceria.
CÁ ENTRE NÓS
Enquanto a população almoçava, pode se informar sobre o Cerrado, como propôs Sarney Filho. A série de palestras Cá entre Nós, com falas curtas de especialistas, parte da programação da Semana, também aconteceu no restaurante. Os temas Unidades de Conservação; Coleta Seletiva e Aproveitamento de Água de Chuva, foram abordados por servidores da Sema e do Brasília Ambiental. A nutricionista responsável pelo RC, Luciene Rocha Dantas, falou sobre as propriedades dos alimentos do Cerrado.
A artesã Edinair de Souza Amorim, 63, se sentou na primeira fila para ouvir as explicações dos técnicos. Como ela mora perto do restaurante, almoçou em casa e foi participar das palestras. “A minha maior preocupação na vida é com o meio ambiente. Os cuidados com a natureza deviam ser mais propagados. Deviam estar dentro de nossas casas e das escolas”.
Ela costuma passear com os netos para ensinar sobre as espécies da flora, principalmente as ervas medicinais. “É muito bom para a criança tomar um chá antes de dormir”. Junto com as amigas, ela faz coleta de folhas, sementes e raízes para o preparo de remédios naturais. “A gente nem vai na farmácia. É preciso voltar ao tempo dos nossos avós e bisavós e aprender com as plantas. Eu conheço todas elas”, diz.
Orgulhosa, a também costureira, mostrou no celular a imagem de seus netos se divertindo nas águas de um córrego. “Gosto muito de ir na Ponte Alta Norte. Lá tem um Cerrado bonito, com minas de água, muito gostoso de se desfrutar”.
O estudante Pedro Lucas, 22, almoça no restaurante comunitário quase todo dia. Hoje, ele se surpreendeu com a programação. “Cresci no meio do mato e me preocupo com o meio ambiente”. Mostrando os bolsos da mochila cheios de resíduos que ele guarda lá até encontrar uma lixeira, diz que esse é um cuidado básico que todo mundo deveria ter. Íntimo de algumas espécies da flora, ele gostou de conhecer o acará. “Tenho muito costume com o tamarindo e o ingá, que a minha avó gosta de ter sempre em casa”, disse.
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Secretaria de Meio Ambiente (SEMA)
Assessoria de Comunicação Social