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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
28/10/20 às 7h55 - Atualizado em 6/04/22 às 11h36

Projeto-piloto sobre o uso de água magnetizada na agricultura tem bons resultados

A iniciativa desenvolvida em Brazlândia pela Sema/CITinova será referência para o país, afirma Sarney Filho

 

 

 

 

Em visita ao projeto piloto implantado pela Sema/Citnova envolvendo o uso de água magnetizada na agricultura, o secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho,  afirmou que a experiência deve se tornar mais uma em que o DF se firma como referência para o país. “A ação é inédita no Brasil e os primeiros resultados são promissores, reforçando que a preservação do bioma Cerrado pode ser alcançada por meio da inovação”, disse.

 

O secretário alertou que a  diminuição da quantidade de água usada na irrigação é importante para reforçar a segurança hídrica no Distrito Federal.

 

” Com as estudos, esperamos, também, verificar ganhos em qualidade e quantidade na produção com o uso da água magnetizada”, observou.

 

A ação vem sendo realizada na Chácara Colina, em Brazlândia, região que integra a Bacia do Descoberto. O local escolhido conta com uma vegetação nativa preservada que envolve as áreas de produção e uma  nascente, afluente do Córrego Barrocão, situada a 16 metros de altura.

Entusiasmo

Na chácara, que é certificada para produção orgânica,  já está na fase de colheita o alface irrigado com água magnetizada.

 

De acordo com seu proprietário, Luiz Carlos Pinagé de Lima, a experiência tem deixado ele e sua equipe entusiasmados. “Estamos de olho nos resultados e já é possível perceber que a técnica poderá gerar economia de água”.

 

Diante da crise hídrica mundial, e que ficou evidente no DF em 2018, Pinajé afirma que a aposta em inovação desperta muito interesse e satisfação aos produtores. Há indícios de que a água magnetizada também melhora as propriedades dos cultivares”, explica.

 

Segundo o professor João José da Silva Júnior, da Faculdade de Agronomia da Universidade de Brasília (UnB), que apoia o projeto junto com o Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (Cirat), a bibliografia sobre outras pesquisas no assunto indica a possibilidade de redução do uso da água.

 

“Aqui em Brasília ainda estamos no início do trabalho, utilizando o plantio de milho, rabanetes e alface. Mesmo assim, já  é possível observar um quadro promissor do uso de água magnetizado no alface. Os resultados finais serão apresentados até o final do próximo ano”, informou.

 

O teste será aplicado também na estufa da Fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília, em sistema controlado.

 

A iniciativa integra o CITinova, projeto multilateral realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para a promoção de sustentabilidade nas cidades brasileiras por meio de tecnologias inovadoras e planejamento urbano integrado, com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente. É executado pela Sema, em Brasília, com gestão do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). 

 

Experimentos

No âmbito do Projeto Sema/CITinova, estão sendo testados três magnetizadores, dois importados e um desenvolvido por pesquisadores brasileiros nos dois projetos pilotos: um em área aberta,  na Chácara Colina, e outro em estufa, na fazenda da UnB.

 

Está em andamento, também, a análise da intensidade de indução magnética que proporciona maior desenvolvimento vegetativo, produção de fitomassa e produtividade em culturas de milho, rabanete e alface.

 

De acordo com os pesquisadores, a água submetida à indução magnética estática (IME) possibilita uma maior hidratação que altera o metabolismo celular, disponibilizando assim mais energia para o crescimento das plantas, reduzindo o consumo de água e agrotóxicos. Os magnetizadores de alta vazão de água e com baixo custo, visam maior intensidade e eficiência magnética possibilitando aumento de produtividade em sistemas de irrigação convencionais.

 

Segundo estudos, a água tratada magneticamente interfere na fisiologia de plantas e  favorece a interação solo-água, deixando o solo úmido por mais tempo. O seu uso pode reduzir os intervalos de irrigação, aumentar a velocidade e o percentual de germinação das sementes,   além de melhorar a produção e a produtividade das culturas agrícolas.

 

 

Assessoria de Comunicação

Secretaria do Meio Ambiente