As propostas que constam do Masterplan da Orla do Lago Paranoá estão sendo detalhadamente estudadas pelos órgãos do Governo do Distrito Federal. O objetivo é entender os critérios adotados pelo projeto para assegurar o compromisso com a preservação ambiental e as normas urbanísticas.
A reunião técnica com membros das secretarias de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e do Meio Ambiente e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) ocorreu na segunda-feira (21), na sede da Seduh.
O diálogo afinado entre as áreas é fundamental para o cumprimento ao que determinou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios em sentença, em 25 de agosto de 2011. “Essa é uma reunião para nivelamento de informações relativas à decisão judicial, que deve ser integralmente cumprida, e sobre o Masterplan, aprovado na gestão passada”, disse o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira.
Para o titular da Seduh, é importante mapear o que pode ser melhorado no plano. “Dessa forma, teremos o entendimento o mais amplo possível de quais medidas decorrem da ordem judicial e quais são soluções e novas intervenções urbanísticas a serem avaliadas e aprimoradas”, afirmou.
Em paralelo ao panorama geral do Masterplan, também foram debatidas melhores condições de uso aos frequentadores dos parques na orla. Prioritariamente, duas unidades de conservação precisam de definição de plano de manejo e de definição de infraestrutura. São elas: a Área de Relevante Interesse Ecológico do Bosque, na QL 10 do Lago Sul; e o Parque das Garças, na QL 15 do Lago Norte. A situação de cada uma será avaliada pelas pastas.
Para isso, o Ibram vai aprofundar os estudos técnicos dos locais de proteção integral. “A partir dessas prioridades, vamos avaliar o projeto e o orçamento e quais as possibilidades de encaminhamento”, afirmou o presidente do órgão ambiental, Edson Duarte.
Outra prioridade é proteger as áreas nas quais deságuam ribeirões e córregos que abastecem o Lago Paranoá. “Nossa preocupação é especial com os locais de recarga do lago, para manter o fluxo de água mesmo em momentos difíceis”, defende o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho.